Autoestima feminina: por que as mulheres se acham inferiores aos homens?
Tenho a sensação de que, por mais que as mulheres se prontifiquem a lutar por direitos iguais em casa ou no trabalho, uma hora ou outra são assaltadas por certa timidez. E essa danada aparece bem quando precisariam se colocar com mais energia, seja para um subordinado, chefe ou mesmo dentro de casa. Fiquei me questionando se isso se daria por causa de um sentimento de inferioridade que carregamos, mesmo com tantos avanços sociais e conquistas femininas.
Discuti o assunto com a psicóloga Margareth dos Reis, que é coordenadora do curso de pós-graduação em Sexologia da Faculdade de Medicina do ABC, doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP e autora do livro Mulher: Produto com Data de Validade. E a resposta dela para minha pergunta foi um sonoro sim. Isso porque os ecos do passado à sombra dos homens chegam com força em nossas mentes modernas. Afinal, eles sempre tiveram voz ativa na vida privada e na pública, o oposto delas, que não tinham esse direito e deveriam ser passivas, meigas e obedientes.
“A mulher ficou com a guarda da cria, se tornou a provedora emocional da família. Isso definiu uma forma de ser feminina de estar à margem. Durante muito tempo, ela não aparecia socialmente, não tinha estímulo para estudar. Só com a emancipação feminina, surgida da reflexão desse tipo de questões, é que houve a ocupação de outros espaços”, comentou a psicóloga. Lembrei-me de histórias que ouvi na infância e adolescência de mulheres mais velhas que diziam que não estudaram porque os pais acharam perda de tempo, já que elas se casariam e seriam “do lar”. Não, isso não faz tanto tempo assim.
O mundo mudou, mas parece que nossa cabeça e sentimentos estão se adaptando. É como redefinir a forma depois de usar um molde por muito tempo. A conversa com Margareth rumou para a vida profissional e a atitude das mulheres nesses ambientes. A escritora também comentou sobre a transposição para o mercado de trabalho da dinâmica desenvolvida dentro dos muros do lar ao longo da história.
“A dedicação para cuidar e poupar os homens dentro de casa no passado tende a aparecer em sentimentos de posse em relação àqueles com os quais ela convive, como o chefe, por exemplo. E isso pode estabelecer rivalidade com outras mulheres. Historicamente, elas viveram a maior parte do tempo cuidando dos homens, das crianças e têm dificuldade de criar um clima harmonioso com outras mulheres no trabalho. Costuma haver uma competição muito grande entre elas. O homem vê essa situação como estímulo à superação. A mulher, no geral, vê como ameaça.” Para refletir. Aliás, algo que quero muito fazer com vocês nesse espaço.
O longa é inspirado na vida da atriz Malu Rocha e tem roteiro e direção do filho da intérprete, Pedro Freire. A obra mostra a relação familiar de três mulheres de gerações diferentes e que se alterna entre poética e tumultuada.
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